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A ilha do Pico

...ponto mais alto de Portugal

Venha descobrir

o Pico

Pico: a segunda maior ilha dos Açores, com 444,9 km2 de área e forma alongada, graças aos seus 46,2 quilómetros de comprimento e 15,8 de largura máxima. Dominada pelo vulcão da Montanha do Pico na sua metade ocidental, a ilha está afastada 6 km da vizinha ilha do Faial e é povoada por 14 148 habitantes (dados de 2011). É a ilha mais a sul do Grupo Central do Arquipélago dos Açores e um dos vértices das chamadas “ilhas do triângulo”. O ponto mais elevado da ilha, aos 2350 m de altitude, é também o ponto mais alto de Portugal e está situado no Piquinho, na Montanha, a 38°28’07’’ de latitude norte e 28°23’58’’ de longitude

Galeria de Fotos

a nossa terra

A lava negra

das pedras brotou vinho

Muros de pedras negras, empilhados meticulosamente, dão forma a currais. Aqui, todos os anos acontece o inesperado: do chão de pedra basáltica nascem folhas de videira.

A história das vinhas da ilha do Pico remonta a 1427, quando os primeiros povoadores chegaram ao arquipélago dos Açores. Frei Pedro Gigante, pároco da primeira comunidade da ilha, foi o mentor do cultivo das videiras originais, no final do séc. XV. Logo às primeiras colheitas, o verdelho do Pico ganhou fama internacional, nomeadamente em Inglaterra e no Vaticano. Também há referências históricas de ter sido degustado à mesa dos czares da Rússia.

A UNESCO elevou a Património da Humanidade a Paisagem da Cultura da Vinha do Pico. A certificação é um reconhecimento à riqueza geológica e paisagística daquele lugar. Acima de tudo, presta tributo ao trabalho árduo do povo picoense, que desafia há séculos a infertilidade dos solos. «Se a camada pedregosa engrossava demasiado, escavavam buracos de quinze a vinte palmos de fundo por sete a dez de boca – e lá muito em baixo plantavam a videira», contava o escritor açoriano Dias de Melo, no romance “Pedras Negras”, de 1964.

Legado baleeiro

terra de heróis do mar.

Em meados do século XIX, a caça à baleia tornou-se a principal actividade económica. Era mais do que um ofício: enchia os homens de coragem, alimentava-lhes os sonhos e dava-lhes esperança. «Não se consegue explicar porquê, mas é dos ilhéus que saem os melhores caçadores de baleias», elogiava Herman Melville, no mítico romance “Moby Dick”, de 1851.

Depois de capturados e trazidos para terra, baleias e cachalotes eram sujeitos a processos de transformação sem limites. Tudo era aproveitado. A carne dos grandes cetáceos era derretida em caldeiras para extrair óleo, que servia para fazer velas, sabão ou margarinas. Já os ossos eram transformados em pentes, espelhos e objectos de artesanato. Quando moídos, davam origem a farinhas para alimentar os animais e fertilizar a terra. A indústria baleeira exportava óleos, farinhas e âmbar, a secreção biliar da baleia. O âmbar era muito requisitado pela indústria dos perfumes. Atingia grande valor comercial e por isso era apelidado de “ouro flutuante” pelos marinheiros.

A baleação foi proibida em 1986, com a entrada de Portugal na CEE, mas também ela perdura na memória colectiva. A comunidade ainda hoje respeita como heróis os homens que se faziam ao mar à caça dos grandes cetáceos. «A vila das Lajes do Pico foi e sempre será terra baleeira», expõe a farmacêutica. Todos os anos, em Agosto, se enche de cor na Semana dos Baleeiros, por ocasião das cerimónias religiosas em honra de Nossa Senhora de Lourdes. Há regatas e provas de perícia com os antigos botes baleeiros.

O Pico sente-se.... venha senti-lo, o Pico saboreia-se... venha saboreá-lo.

SABORES DO PICO
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